Palácio de Ferro
Palácio de Ferro | |
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Palácio de Ferro em 2011 | |
Informações gerais | |
Construção | década de 1890 |
Geografia | |
País | Angola |
Cidade | Luanda, Angola |
Coordenadas | 8° 48′ 44″ S, 13° 14′ 09″ L |
Localização em mapa dinâmico |
O Palácio de Ferro é um edifício histórico de Luanda, em Angola, que se crê ser da autoria de Gustave Eiffel[1]. Porém, 2015 a Embaixada de França em Angola classificou o Palácio de Ferro como uma obra de autoria de Gustave Eiffel.[carece de fontes]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]O edifício possuiu uma original decoração em filigrana metálica e tem um soberbo avarandado envolvente, sendo sem sombra de duvida, o melhor exemplar da arquitectura do ferro em Angola.[2]
Origem
[editar | editar código-fonte]A história do edifício está envolta em mistério, já que não existem registos da sua origem. Acredita-se que a estrutura em ferro forjado tenha sido construída na década de 1880 ou 90 em França, como pavilhão para uma exposição, e posteriormente desmontado e transportado de barco com destino provável a Madagáscar.[2]
Existe alguma especulação sob a forma como chegou a Angola. Segundo algumas fontes, o navio que o transportava acabou por ser desviado da sua rota pela Corrente de Benguela, naufragando perto da Costa dos Esqueletos em território angolano.[3] Outras fontes indicam que o mesmo acabou por ser desembarcado em Luanda e vendido em hasta pública, tendo sido arrematado pela Companhia Comercial de Angola que, de facto, adquiriu o Palácio de ferro nos finais do século XIX / princípios do século XX.[2] A Companhia Comercial de Angola - CCA - era a maior empresa comercial de Africa em finais do seculo XIX, principios do seculo XX, e pertencia a três grandes capitalistas da época : António de Sousa Lara, João Ferreira Gonçalves (Ferreira Marques & Fonseca) e Bensaude.
Uso
[editar | editar código-fonte]Durante o período colonial o edifício gozava de grande prestígio e foi usado como centro de arte. Após a independência de Angola e a subsequente Guerra Civil Angolana, o palácio entrou em ruína e o espaço envolvente foi transformado num parque de estacionamento.[4]
Após o restauro, efectuado em 2009 pela empresa de Construtora Odebrecht (atual OEC), através do financiamento da empresa diamantífera angolana Endiama, o edifício foi inteiramente restaurado , o edifício ficou entregue ao Ministério da Cultura de Angola que ainda está ainda a decidir a utilização futura do espaço: um museu dos diamantes ou um restaurante parecem ser as opções mais prováveis,[5] sendo também as hipóteses de ser um centro cultural ou a sede do ministério da cultura também consideradas.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Palácio da Assembleia Nacional de Angola
- Palácio dos Congressos (Angola)
- Palácio Presidencial de Angola
Referências
- ↑ Louisse Redvers (22 de janeiro de 2009). «Luanda breathes new life into once-rusty Iron Palace». France 24. Consultado em 26 de fevereiro de 2010
- ↑ a b c d A.Freudenthal, J.M.Fernandes & M.L.Janeiro (2006). Angola no século XIX. Cidades, Território e Arquitectura. Lisboa: Ed. Aut. 199 páginas. ISBN 9789899701311
- ↑ «Luanda breathes new life into once-rusty Iron Palace». BLNZ. 21 de janeiro de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2010
- ↑ «Brasileiros restauram "Palácio de Ferro" de Angola». África 21 Digital. 19 de janeiro de 2009. Consultado em 26 de fevereiro de 2010
- ↑ «Palácio de Ferro, em Luanda, vai acolher Museu dos Diamantes». Notícias Lusófonas. 8 de março de 2004. Consultado em 26 de fevereiro de 2010
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Palácio de Ferro». no Flickr
- «Palácio de Ferro». no sítio do Património de Influência Portuguesa, da Fundação Calouste Gulbenkian